My Favorite Side by Raquel

My Favorite Side by Raquel

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

É preciso ouvir!



Todo mundo, algum dia na vida, já pensou que poderia ter sido melhor em algumas situações.

Poderia ter sido melhor filho/filha, melhor irmão/irmã, melhor mãe/pai, melhor marido/esposa... Sao reflexões inerentes ao nosso crescimento como pessoas, eu acho. Para mim, é a partir dessas constatações que busco me aprimorar, me corrigir e criar as bases para melhorar meu convívio social. 

Afinal, apenas constatar que podemos ser melhores, mas não fazermos nada com essas reflexões, revela uma acomodação e um desinteresse no nosso relacionamento com as diversas redes a que pertencemos.

Sempre que avalio uma situação, penso que tenho um grande exemplo a seguir. Grande, não; único. E reflito: o que Jesus faria nessa situação? A resposta vem, nem sempre como eu gostaria de agir, ou com resultados que agradem a mim, mas é preciso ouvir a voz que vem do Alto. 

Digo constantemente, para mim mesma (muitas vezes) e para quem posso orientar: não aja segundo o  seu coração; o coração é enganoso e nos cega! Aja com a inteligência e bom senso; você estará plantando bem e vai colher o melhor!

Beijos,

Raquel




quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

A dor do outro

Eu tenho um lema na minha vida, fruto de uma vida cheia de experiências, boas e também ruins, claro. Sempre penso assim: se deu certo, foi pela bênção de Deus; se deu errado, vale como experiência de vida. E assim vou assimilando as diversas fases e situações cotidianas.

Porém, quando a dor e frustração te atingem sem que você possa fazer nada e nem tampouco usufruir desse lema, quando a situação transcende a sua capacidade de "metabolizar" e seguir em frente, a sensação de incapacidade é cruel...

Sentir a dor do outro sem que haja uma palavra de conforto, entre tantas já ditas, sem que se possa fazer nada...frustrante... acho que quem é mãe e pai deve entender o que falo aqui. Quantas vezes, nas situações de dor dos filhos, as mães dizem: queria eu sentir a dor dele e aliviá-lo do sofrimento! Mas nao dá! Frustrante... Será que Deus também se sente assim diante da nossa dor? A dor que consome a alma, que dói tão fundo que chega a ser física...

Nao gosto de me sentir impotente diante de uma situação. Talvez por isso minha fé seja tão ativa. Quando nada posso fazer, peço para Aquele que pode. Tenho a certeza da resposta e isso me basta. A sensação de impotência não vai embora, mas já me sinto confortada. Dai, chego à conclusão que tudo o que posso fazer diante da dor alheia e emprestar um pouquinho da minha fé, é regar essa semente no coração do outro, pra que a dor seja substituída pela esperança, pelo amor próprio, pela certeza do amor de Deus.

E isso tudo me conforta, me anima e me faz seguir em frente! A dor continua lá, mas agora já envolta em uma neblina, como aquela que se desfaz quando o sol insiste em brilhar.

Beijos e bom dia!







segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Deixando de fazer a nossa vontade

Ontem, assisti um clássico bíblico reformulado que relutei muito em ver, em função de opiniões polêmicas que tinha escutado. Mas, enfim, assisti a nova versão do filme "Noé", para fazer minha própria crítica.

Confesso que não gostei. Apesar de admirar o trabalho de protagonista, Russell Crowe, e também de ser favorável a licenças poéticas, achei o filme bem fraquinho... Colocar seres estranhos para trabalhar para Noé foi, no mínimo, subestimar o esforço hercúleo desse escolhido de Deus. 

Porém, a verdadeira historia, contada na Bíblia, é uma inspiração para qualquer "cristão". E aí começa a minha reflexão. 

Independente de nossa crença, seja religiosa, política, científica, nunca ninguém deixou de passar pela situação de ter que escolher entre a sua vontade e uma outra qualquer. Diversas vezes nos vemos diante de uma situação de ter que fazer algo contra nossa vontade.  Seja isso para evitar confrontos, para satisfazer a vontade de outro, para concordar com os conceitos de convivência em sociedade, para servir de exemplo, para reiterar uma regra política, para seguir a lei ou para obedecer um dogma religioso. E como, muitas vezes, isso se torna difícil, desgastante, quase impossível. 

Noé teve que ir contra tudo e contra todos, em nome da fé. Passou por situações de grande humilhação e vexame, mas jamais deixou de acreditar que estava no caminho certo. Na sua mente e no seu coração, tinha a certeza de que estava fazendo a coisa certa! Admirável, mas muito, muito difícil. Sair da zona de conforto, sacrificar sua vontade em detrimento da vontade de outrem não é tarefa fácil...  Mais difícil ainda é saber esperar pelo resultado, quando este não depende de nós (aqui entra nossa fé novamente). 

Eu tenho minhas convicções religiosas e estas me guiam diariamente e me ajudam a seguir em frente. Não é fácil, quando nos vemos diante do óbvio e temos que aceitar o improvável. Mas, a paciência é uma grande virtude. É preciso esperar, saber aceitar que, muitas vezes o improvável é o certo e o óbvio, apenas uma visão egoísta. 

Grande Noé! A obediência às suas convicções e sua obstinação lhe trouxeram a vitória. A paciência lhe trouxe maturidade e altruísmo. E que assim seja!!!!

Hoje, acordei refletindo sobre tudo isso e me vi cantando uma música de Almir Sater, que provavelmente Noé também teria gostado. (letra completa aqui)

"Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente"

TOCANDO EM FRENTE - ALMIR SATER

sábado, 2 de janeiro de 2016

Aproveitando a família! Guarujá parte II - com chuva

Hoje, no segundo dia do Ano Novo, já mais recuperada da orgia etílica, quis dividir um pouco das minhas reflexões aqui.

Quem me conhece desde a adolescência sabe que Carlos Drummond de Andrade é minha grande paixão literária. E, passeando pelo Facebook, encontrei transcrito uma "obra de arte" que traduz exatamente o que estou vivendo hoje.

Então, deixo aqui essa lição de vida...espero que vocês não leiam apenas, mas que degustem cada pensamento, cada pedaço de poesia que esse grande mestre nos deixou!


Quando me amei 

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome… auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades. Hoje sei que isso é… autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de… amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é… respeito.

Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… pessoas, tarefas, crenças, tudo e qualquer coisa que me deixasse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama… amor -próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é… simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes. Hoje descobri a… humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar muito com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é… plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é…. saber viver!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.”


Carlos Drummond de Andrade

Beijos e um ótimo final de semana!!!